Os primeiras notícias sobre o coronavírus na China foram no início de dezembro de 2019 e, junto com as informações sobre o vírus, vieram também as preocupações com o quê, além das pessoas, o vírus poderia afetar. Não tardou muito para que ficasse claro que a produção mundial e o comércio com a China seriam impactados.
Já em dezembro uma luz amarela acendeu para muitas companhias ao redor do mundo, afinal, boa parte do comércio internacional tem a China como parceiro principal, seja como fornecedor ou comprador de produtos acabados ou matéria-prima.
Entretanto, o comércio entre países, que não a China, também acabou sofrendo consequências. Isso acontece porque a produção mundial ao ser afetada, faz com que fluxos indiretos também sejam impactados. Para citar apenas um exemplo, a produção automobilística da Europa para abastecer o mercado interno europeu, depende de peças da China. Como essas peças tiveram atrasos, muito acima do padrão, e as indústrias têm estoque de segurança apenas para cobrir o tempo de trânsito além de pequenas variações na produção, algumas fábricas foram forçadas a reduzir o horário de trabalho e, com isso, produzir menos.
Nesse contexto, vale ressaltar que uma boa estratégia de compras e suprimento tem entre outras etapas a classificação dos produtos e insumos de acordo com o “Valor Comprado” e o “Risco de Fornecimento”. E foi exatamente o “Risco de Fornecimento” que fez com que muitas empresas acionassem seu plano B à medida que foi ficando cada vez mais claro quais seriam as proporções do até então desconhecido COVID-19.
Na teoria, ao realizar o planejamento da cadeia de suprimentos, as empresas devem pensar na gestão de fornecedores e mapear, pelo menos até o segundo nível de fornecedores, quem são os parceiros mais críticos, quais têm substitutos de fácil acesso e quais são os riscos associados a cada decisão.
Isso significa que aquelas empresas que tinham isso sob gestão e acompanhamento, nas primeiras semanas de janeiro de 2020, já sabiam quais produtos, peças ou matérias-primas eram originárias das áreas afetadas e, portanto, puderam se preparar melhor para o que viria.
O fato é que todas as empresas que exportam ou importam da China sofreram ou sofrerão em maior ou menor escala. Uma conta simples demostra que o transporte marítimo da China para os EUA, a Europa ou Brasil leva, em média, 30 dias. Isso significa que, com o fechamento das fábricas chinesas antes do início do feriado chinês em 25 de janeiro, os últimos navios que saíram de lá chegaram aos seus destinos na última semana de fevereiro. E como a logística ainda não foi normalizada, teremos impactos na produção de algumas indústrias a partir de meados de março.
O governo chinês vem fazendo sua parte, mas alguns portos ainda estão engargalados. Muitos navios não saíram, os terminais estão lotados, cobrando inclusive sobretaxas. Há fila de caminhões e congestionamento nas ferrovias que chegam aos portos. A logística está prejudicada, e deve demorar um pouco a voltar à normalidade dado que o mundo começou a sofrer mais o impacto do vírus a partir de março.
A nova epidemia nos ensina, mais uma vez, a importância de um sistema robusto de monitoramento e gestão de fornecedores, e como isso é um requisito básico na hora da gestão de crise.
Vírus se espalha na cadeia de suprimentos global
A China é o maior mercado consumidor com seus quase 1,4 bilhões de habitantes e também é uma espécie de fábrica do mundo, totalmente inserida na cadeia de suprimentos global. Em 2018, o país asiático exportou mais de US$2,5 trilhões, quase o dobro do segundo colocado, os Estados Unidos (US$1,7 trilhões). Naturalmente, sendo o maior mercado consumidor e o maior exportador, seus portos estão entre os principais em movimentação de contêineres no planeta, ocupando 7 das 10 primeiras posições, com o porto de Xangai tendo movimentado em 2018 mais de 40 milhões de TEUs.
Mas um organismo com tamanho microscópico começa a afetar essa máquina produtiva e, consequentemente, já causa problemas em boa parte das cadeias de suprimentos globais. Em busca de conter a epidemia de coronavírus, o governo chinês, e as próprias indústrias, estão interrompendo operações para evitar a concentração de grandes grupos de pessoas e um possível contágio. O resultado é que já falta matéria-prima para alguns setores e a contratação de navios nos principais portos chineses caiu 20% em janeiro segundo matéria do jornal Valor Econômico.
Esse é um dos riscos de investir em uma cadeia logística global. Mesmo a milhares de quilômetros de distância, a produção de uma empresa pode ser seriamente afetada por um problema que, a princípio, seria apenas local e irrelevante para ela. A mais de 16 mil quilômetros da província de Wuhan, na China, a Motorola no Brasil informou a possibilidade de parar sua fábrica em São Paulo por falta de matéria prima, o mesmo podendo acontecer com a Samsung. Nos Estados Unidos e na Europa, fabricantes de veículos também admitem a possibilidade de fechar plantas.
No caso brasileiro, a menor eficiência da logística no país até tem sido benéfica, pois acaba levando as empresas a contarem com estoques maiores, o que tem adiado os possíveis efeitos da falta de matéria prima.
Por outro lado, em países com infraestrutura de transportes eficiente e menor burocracia, cadeias de fornecimento just-in-time correm sério risco de ruptura. A falta de previsibilidade em relação ao tempo de duração dessa crise acaba levando as empresas a repensarem as datas para futuros lançamentos. Embora não tenha anunciado oficialmente, existia a possibilidade de a Apple lançar um modelo de iPhone mais barato nesse primeiro trimestre, lançamento este que pode ser adiado por conta das paralisações na produção.
Aliás, essa não é a primeira vez que a Apple, cuja sede é na Califórnia (EUA), sofre com problemas originários de sua cadeia de suprimentos globalizada. A crise comercial entre Estados Unidos e China trouxe algum impacto nos custos dos seus itens produzidos no país asiático, o que tem levado a empresa norte-americana a avaliar a possibilidade de levar parte de sua produção para fábricas em outros países.
E você, a operação da sua empresa foi prejudicada pelo coronavírus?
Fonte: Ilos
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