Aeroporto internacional de Curitiba completa 71 anos

O Aeroporto Internacional de Curitiba/Afonso Pena (PR) completa 71 anos de operações nesta terça-feira (24/1). Construído durante a II Guerra Mundial, o terminal foi inaugurado oficialmente em 1946, sendo administrado pela Infraero a partir de 1974.

Instalado em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, próximo aos principais portos da região sul do país – como Paranaguá, Antonina, além de São Francisco do Sul e Itajaí, em Santa Catarina -, o terminal desempenha papel importante no desenvolvimento da indústria, do comércio e do turismo do estado e de toda a região. Para Antonio Filipe Bergmann Barcellos, superintendente do Afonso Pena, a localização estratégica do terminal é o principal fator que auxilia nesse crescimento. “É um ponto determinante para a instalação de indústrias na capital e região metropolitana”, enfatiza.

O aeroporto destaca-se também em diversas premiações do setor aeroportuário. Em 2011, ele conquistou o primeiro lugar na categoria “Aeroporto do ano” do prêmio Avião Revue. Três anos depois, em 2014, o terminal venceu três das oito categorias do prêmio Boa Viagem. E, mais recentemente, em 2016, foi o grande vencedor do Prêmio Aeroportos + Brasil, realizado pela Secretaria de Aviação Civil (SAC), com quatro vitórias, incluindo o de melhor aeroporto do país. “Tais premiações demonstram a eficiência, a dedicação, o profissionalismo e o comprometimento da empresa na prestação de serviços e no atendimento de qualidade ao passageiro”, ressalta o superintendente.

O aeroporto conta com 36 estabelecimentos comerciais, entre lojas e quiosques, além de 20 pontos de alimentação, uma loja Duty Free com produtos importados, escritórios de três companhias de táxi aéreo e duas salas vip. Os usuários também encontram um terminal acessível, com balcões de check-in, banheiros, bebedouros, elevadores, telefones e veículos adaptados; cadeiras de rodas; ambulift e quatro stair tracs, equipamentos que auxiliam no embarque e desembarque de passageiros com deficiência ou mobilidade reduzida.

Atualmente, cerca de 170 voos operam diariamente no terminal, transportando aproximadamente 18,5 mil passageiros, número que o coloca como o 6º aeroporto mais movimentado do Brasil no ranking da Rede Infraero.

Com capacidade para receber 14,8 milhões de passageiros por ano, o Afonso Pena, registrou mais de 6 milhões de passageiros em 2016. Cinco companhias aéreas operam no terminal paranaense: Aerolineas Argentinas, Avianca Brasil, Azul Linhas Aéreas Brasileiras, Gol Linhas Aéreas e Latam, que ligam Curitiba a 16 destinos brasileiros e a Buenos Aires, na Argentina.

Investimentos e melhorias
Desde a sua inauguração, várias melhorias foram realizadas no Aeroporto Internacional Afonso Pena. Entre elas, a ampliação do terminal, em 1977, e a inauguração do novo terminal de passageiros com 45 mil m², em 1996. Para aumentar o nível de conforto e segurança, na última década, o terminal curitibano recebeu investimentos na ordem de R$ 350 milhões, que ampliaram sua capacidade de 6,9 milhões para 14,8 milhões de passageiros por ano. Dentre as melhorias, destacam-se: a obra de reforma e ampliação do terminal de passageiros, que passou de 45 mil m² para 112 mil m²; a obra de reforma e ampliação do terminal de cargas, que passou de 12 mil m² para 17 mil m², com novas áreas para cargas vivas e restritas; a ampliação do pátio de manobras, que ganhou mais 10 posições para aeronaves, totalizando 26 posições e a reforma e ampliação do terminal de passageiros. O projeto mais recente, iniciado em outubro de 2016, compreende a construção do edifício garagem, que contará com três pavimentos e 2,4 mil vagas de estacionamento.

Fonte: Assessoria de comunicação em 23/01

COMO TUDO COMEÇOU

O Aeroporto Internacional Afonso Pena fica localizado na Avenida Rocha Pombo, s/nº , em São José dos Pinhais – Região Metropolitana de Curitiba. Ele é um dos principais aeroportos do país e tem capacidade para atender mais de 3 milhões de passageiros por ano. Atualmente ele passa por obras de ampliação da pista e melhorias nas instalações do terminal.

A movimentação do Aeroporto Internacional Afonso Pena é atualmente de 4.720 pousos + decolagens mensais, 198.000 passageiros embarcados e desembarcados mensais e 4.200 t de carga/mês.

Funciona, ainda, no Aeroporto Afonso Pena, o Sitia – Sistema Integrado de Informações Aeroportuárias.

No terminal de passageiros, elevadores panorâmicos e escadas rolantes servem todos os pavimentos, que possuem instalações especiais para atendimento a portadores de necessidades físicas especiais.

A cobertura em estrutura metálica do terminal, com 15.800 m² de área é composta de telhas anti-ruído. O piso em granito confere a beleza ao edifício, assim como o revestimento de pastilhas nas paredes.

O estacionamento tem capacidade para 2202 veículos e utiliza um sistema informatizado de controle de entrada e saída de veículos através de tíquetes com código de barras.

           

Histórico
A área pertencente ao Aeroporto Afonso Pena se constitui em parte da área da Colônia Afonso Pena, ali implantada no início do século XX em homenagem ao sexto Presidente da República, Afonso Pena (1906 a 1909).

Nessa ocasião, o Governo Federal desapropriou a área de uma fazenda, no município de São José dos Pinhais, propriedade de Matias Mendes. Dividiu-a em pequenas chácaras e assentou uma colônia de imigrantes poloneses e alemães que incentivados pela política de colonização para a agricultura ocuparam o local no início deste século.

Devido à entrada do Brasil na II Guerra Mundial, o Ministério da Guerra, através dos órgãos responsáveis pela aviação (que dariam origem ao atual Ministério da Aeronáutica), nos anos de 1940 a 1942 efetuou um minucioso levantamento da área dessa colônia, em função dos ventos dominantes. A área correspondente ao antigo Aeroporto Afonso Pena foi desapropriada para a construção das pistas de pouso, com o mesmo traçado hoje existente.

Em janeiro de 1946, com a guerra terminada, a aviação civil passou a operar efetivamente na Base Aérea Afonso Pena, moderna e recém construída. Operavam com voos regionais e internacionais, as seguintes companhias: VARIG – iniciada em 15 de janeiro de 1946 no Aeroporto de Bacacheri, com a linha Florianópolis/Porto Alegre/Pelotas/Jaguarão e Montevidéu; CRUZEIRO DO SUL; REAL – com vôos regionais e Assunção, em 1955; PANAIR – Assunção em 1946; AERONAVIS BRASIL – atendendo a linha Rio de Janeiro/Poços de Caldas e Porto Alegre, bem como linhas internacionais.

A construção original do Aeroporto Afonso Pena aconteceu de maio de 1944 a abril de 1945, e foi executada pelo Ministério da Aeronáutica em cooperação com o Departamento de Engenharia do Exército Norte-Americano. A Base Aérea Afonso Pena, como era conhecido o Aeroporto, tinha como finalidade servir de ponto estratégico para as operações aliadas durante a II Guerra Mundial. Construído nos últimos meses da guerra, o aeroporto foi pouco utilizado, prevalecendo posteriormente o uso pela aviação civil.

Quando a Base Aérea passou a atender a Aviação Civil, foi construída uma estação de passageiros que esteve em uso até 1959. Era dotada de bar, sala de espera, área ajardinada, escritório de administração e manutenção, bomba de gasolina, caixa d’água, farol, torre de controle (construída em madeira e com altura de 35 metros), balizamento de pista (luz amarela), gerador de energia alternativa, além de equipamento de rádio-transmissão-recepção.
A partir de 1974, Portaria n.º 120 Gm-5, de 03 de dezembro de 1973, definiu que o Aeroporto Afonso Pena fosse administrado pela Infraero. Em 1977, foi concluída a ampliação do terminal de passageiros, quadruplicando sua capacidade de atendimento, proporcionando mais conforto aos usuários e empresas áreas. Mesmo com todas as remodelações a ampliações efetuadas, as obras não foram suficientes para atender à demanda crescente de passageiros e cargas.Em 1959 o Aeroporto Afonso Pena era o quarto aeroporto em movimento de aeronaves, quando o Ministério da Aeronáutica precisou construir uma nova estação de passageiros com área de 2.200 metros quadrados. Este terminal de passageiros foi inaugurado em 05 de fevereiro de 1959, durante o Governo de Moysés Lupion. Era então Ministro da Aeronáutica o Brigadeiro Menescal. As obras executadas em 1959 permaneceram inalteradas até a década de 70.

Em 1991, o aeroporto contava com um déficit operacional estimado em 40%. Começaram as obras de construção de um novo terminal de passageiros.

O aeroporto foi o segundo no Brasil a contar com o Sistema Integrado de Tratamento de Informações Aeroportuárias – SITIA. Movimento de aeronaves, informações sobre voos, telefones internos e externos, circuito fechado de televisão e todas as operações do novo terminal estão interligadas, como ocorre nos aeroportos mais modernos do mundo.

O prédio onde funcionava o antigo terminal de passageiros foi totalmente reformulado para se tornar um moderno terminal de carga aérea, com uma área total de 12 mil metros quadrados.

Com a construção do novo terminal e o aumento da demanda de passageiros, em 26 de junho de 1996 o Aeroporto Afonso Pena passou a ser internacional. Sua inauguração aconteceu no dia 26 de julho de 1996, com a presença do então presidente Fernando Henrique e do Ministro da Aeronáutica, Lélio Viana Lobo e do Presidente da Infraero,à época, Adyr da Silva. (fonte: http://www.infraero.gov.br/)

 Legenda das foto: Foto 1: Primeira torre de controle do aeroporto Afonso Pena, São José dos Pinhais – PR. (Foto:Acervo histórico Cid Destefani) , Foto2: Aeroporto Afonso Pena em São José dos Pinhais, estação de embarque e desembarque e o público vistos da torre de controle em 1950 (Foto: acervo de Cid Destefani),  Foto3: Aeroporto Afonso Pena, 23 de junho 1950, Governador Moisés Lupion recebe o embaixador da Espanha (Foto; Acervo. Cid Destefani), Foto 4: Afonso Pena – 1990 (Foto:Rosvalmir Afonso)

 

 

 

2 pensou em “Aeroporto internacional de Curitiba completa 71 anos

  1. Parabéns! Mas até hoje não conseguiram construir uma pista de rolamento (taxi) para a cabeceira da pista principal, pista 15. Eu lamento a morosidade e atualização de operações em terra. Saudações,

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