Roubo de cargas no Paraná, um rombo de mais de R$ 60 milhões por ano aos transportadores de nosso Estado

Roubo de cargas no Paraná,  um rombo de mais de R$ 60 milhões por ano aos transportadores de nosso Estado

A Federação das Empresas de Transportes de Cargas do Estado do Paraná – FETRANSPAR apresentou na última sexta-feira (21) dados sobre o roubo de cargas nas estradas paranaense. A equipe que recebeu as informações – coletadas por meios de dados de seguradoras e empresários vítimas das ações dos bandidos – foi formado por representantes da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar Rodoviária, Policia Civil e Guarda Municipal de Curitiba.

Segundo levantamento da Federação, a média mensal de roubos de cargas ultrapassa os 30 casos ao mês. “Isso representa um rombo de mais de R$ 60 milhões por ano aos transportadores de nosso Estado”, explica o presidente da FETRANSPAR, Sergio Malucelli. No Brasil, os dados mostram que o Paraná fica com 1% do total de roubos de cargas, número que alcança os 24 mil casos na somatória de todos os estados, o que representa um rombo de R$1,3 bilhões anuais.

Unificação de dados e ações

Os números apresentados pela FETRANSPAR contudo, podem ser ainda maiores. Isto porque o Estado não conta hoje com um trabalho unificado das informações dos boletins de ocorrências que acusam o roubo de cargas. “As corporações responsáveis pela segurança pública fazem o serviço, contudo os dados ficam fragmentados e de difícil análise o que pode, por muitas vezes subestimar o problema. A unificação dos dados permitirá uma visão mais ainda mais ampla do problema”, afirma Malucelli.

As cidades que mais concentram os roubos de cargas no Paraná, segundo a Polícia Militar Rodoviária, são Paranaguá, seguido de Curitiba, Maringá e Ponta Grossa, municípios que lideraram o ranking das ocorrências em 2016.

Segundo tenente-coronel Zanatta que vai coordenar o Comitê Procarga Segura Paraná, a união entre as diferentes instituições vai dar um peso ainda maior no combate ao roubo de cargas no Estado. “Faremos reuniões periódicas, de imediato duas vezes ao mês. Esse esforço vai resultar em ações efetivas e integradas para atacar a cadeia que gira em torno do crime denominado roubo de cargas”, explica.

Entre as atividades definidas na reunião estão:

1 – Integração dos trabalhos das corporações criando um mapeamento do roubo por região;

2 – Concentração em um único órgão das informações dos boletins de ocorrência referentes a roubo de cargas;

3 – Partilha das ações eficientes já realizadas nas diferentes organizações e ao mesmo tempo das dificuldades que se tem quando o assunto é ‘roubo de cargas’;

4 – Aperfeiçoamento de sistemas de comunicação entre as corporações visando agilizar a informação sobre roubos de cargas;

5 – Ações de incentivo ao transportador, para que façam o registro do boletim de ocorrências;

6 – Aperfeiçoar o canal de comunicação entre empresários e sindicatos para que, quando ocorrer roubo, o transportador possa informar o sindicato da região, permitindo análise e características do crime por região geográfica do estado;

7 – Ações integradas nas estradas entre todas as corporações.

Participaram do encontro

– Divisão de Crimes contra o Patrimônio

– Polícia Rodoviária Federal

– Polícia Rodoviária Estadual

– Polícia Militar do Paraná

Fonte: http://www.abtc.org.br/